fevereiro 27, 2008



TENDÊNCIAS DA MODA III: o Burkini

fevereiro 26, 2008



O MORTO QUE FALOU

Uma vez um homem que estava a cortar uma pernada dum castanheiro, ali ao fundo do Reboludo, mas estava sentado na parte que havia de cair.

Passou por ali um almocreve, que vinha para Fajão, e vai aqui assim:
- Então o senhor está sentado na pernada que está a cortar?! Está aqui está no chão!
- Qual quê? Eu sei bem o que estou a fazer!
- Ai sim? Então passe muito bem.
E seguiu adiante.

Daí a nada esgalhou a pernada e o homem caiu.
Então pensou : Vou lhe perguntar quando é que eu morro.
Foi a correr e ainda o alcançou.
- Olhe lá, o senhor com certeza é santo: disse que eu caía e caí mesmo.
É capaz de me dizer quando é que eu morro?

- Olhe, o senhor vá, carregue o burro com a lenha, e ponha-o diante a andar para Fajão .
Quando ele der o terceiro traque o senhor morre.
O homem foi, cortou a lenha do castanheiro, carregou o burro e pô-lo a andar para Fajão.
Daí a pouco, o burro, ao dar uma passada mais difícil, soltou um traque.

- Mau! disse o homem. Já foi o primeiro.
Um pouco mais acima, noutro passo mais difícil, segundo traque.

- Alto! que isto agora está sério! Já só falta um!
Tenho de tomar providências.
Então fez uma rolha de pau e meteu-a no c. do burro, para ver se não vinha o terceiro traque.
Mas ao entrar na calçada do Reboludo, o burro não se conteve, e foi rolha e tudo direito à testa do homem.
O homem caiu atordoado e deu-se por morto.

Os de Fajão, quando viram lá chegar o burro sem o dono, foram à cata dele e encontraram-no estendido.
Veio o barbeiro e verificou o óbito. De maneira que, trouxeram um esquife e organizaram o cortejo para o cemitério.

Mas quando chegaram às Almas, onde há dois caminhos, um pela vila e outro directo ao cemitério, começaram a discutir por onde é que o haviam de levar.
Uns, porque deve ir pela vila, outros, porque é melhor ir directamente para o cemitério.

Como não chegassem a um acordo, o Pascoal, já meio irritado, teve uma ideia:

- O morto que diga por onde quer que a gente o leve!
Então o morto soergueu-se no esquife e disse com voz do outro mundo: « Eu quando era vivo ia por ali; agora, que estou morto, levem-me por onde quiserem».
E tornou-se a deitar. E lá o levaram por onde ele disse que ia em vida.

(Contos de Fajão)

fevereiro 25, 2008



FILOSOFIA GARFIELD
(Clica para aumentar)

fevereiro 22, 2008



EU SEI QUE AINDA ESTAMOS EM FEVEREIRO...

... mas fazer o quê? Está um dia primaveril!...


Caipirinha de Maracujá

Ingredientes:

- 2 partes de cachaça
- 4 partes de maracujá
- mel q.b.
- muito gelo

Preparação:

Num copo liquidificador bater o maracujá sem retirar as sementes. De seguida, juntar a cachaça e o mel a gosto. Adicionar o gelo, continuando a bater, até ficar com o aspecto de carapinhada.

Colocar num copo alto e... Bom fim de semana!

fevereiro 21, 2008




SABE O QUE HÁ DE COMUM ENTRE ESTES DOIS PERSONAGENS?

Não?
Então cá vai uma dica: começa por comunnn... hammm... comunnn... (eze)

Isto começa a ser mais sério do que à primeira vista poderia parecer.



MOMENTOS MÁGICOS
(Clica na imagem para aumentar)

(Foto: Agradecimento a Francisco Menezes)

fevereiro 19, 2008



NOVOS EPISÓDIOS DA FLORIBELLA

... brevemente, perto de si...



TRAFULHICES, SOMA E SEGUE

Banco Espírito Santo cobra 104 euros pelo encerramento de contas dos clientes


"Há poucos dias, o Banco Espírito Santo cobrou 104 euros pelo encerramento de uma conta à ordem - BES 360 -, um valor que é muito superior ao praticado por duas outras instituições, o Millennium BCP e o Santander. O PÚBLICO encontrou quatro bancos que não cobram nada pelo serviço.
O cliente em causa considera o valor cobrado despropositado e admitiu, em declarações ao PÚBLICO, a intenção de apresentar uma queixa junto do Banco de Portugal. No momento que decidiu, voluntariamente, pôr fim à relação com o BES, que o cliente diz "ter decorrido sem incidentes bancários" (faltas de pagamento), o gerente de conta informou-o de que o custo de cancelamento era de 13 euros.
Pouco tempo depois, verificou que, afinal, o valor a pagar ascendia a 104 euros (100 para o banco e quatro de imposto de selo), tendo-lhe sido explicado que foi feita uma actualização do preçário em Outubro do ano passado, que passou despercebida ao funcionário. Apesar da promessa de reposição do dinheiro cobrado face à primeira informação, o cliente manifesta-se chocado com o valor da actualização feita."

Toda a notícia aqui.

fevereiro 14, 2008



SERVIÇO PÚBLICO (DIVULGAÇÃO)

Trafulhices com PPR's

"Em Março de 2002 comprei um PPR a um balcão do banco TOTTA. Abri com 1000€ e era tirado da minha conta á ordem 50€ todos os meses que eram acrescentados à conta do PPR. Achei que era boa ideia pois alguma coisa que acontecesse no futuro tinha ali um pé de meia onde me agarrar. Até porque não era o primeiro que fazia(noutras instituições) e nunca tinha tido problemas.

Li o contrato, ficando com as condições gerais em meu poder, as quais dizem bem explicito que não posso levantar o PPR em caso algum, antes de 5 anos, a menos que me encontrasse no desemprego de longa de duração ou doença que me impossibilitasse de trabalhar.

Ora em Fevereiro de 2004 fiquei desempregada! Fui vivendo tapando dum lado, destapando do outro. Até que cheguei a um ponto que em Outubro de 2006 tive que recorrer ao PPR pois estava em risco de perder a minha casa.

Nessa altura tinha depositado no PPR á volta de 4000€ e dirigi-me a um balcão do TOTTA para fazer um resgate de 1700€ o qual foi feito sem qualquer problema nem perguntas nem pedido de qualquer documento que provasse a minha situação de desemprego(ainda perguntei se devia entregar alguma prova e disseram que não precisava, é que o PPR só fazia os 5 anos em Março de 2007,daí a minha pergunta).

Em Janeiro, e como a situação subsistia, dirigi-me novamente ao Balcão para fazer novo resgate, desta vez de 1000€, e cancelar as entregas periódicas de 50€, pois não podia continuar a faze-lo. Demoraram quase um mês para transferir o dinheiro para a conta á ordem. O DINHEIRO NÃO APARECIA!

Nessa altura estavam lá cerca de 2450€ (4000-1700=2300+150(3 meses de entregas de Outubro a Janeiro)= 2450€) assim que os 1000€ entraram na conta,1 mês depois do pedido, e achando estranho a demora, desconfiei que se passava qualquer coisa e mais uma vez dirigi-me ao balcão a saber o que se passava. Pedi o resgate do restante dinheiro(que seriam 2450€)e o encerramento do PPR, e qual não é o meu espanto!.... a transferência para a conta à ordem foi de..... 239€.

Pedi explicações e ninguém sabia responder. Dirigi-me então, a concelho do gerente do Balcão, ao TOTTA SEGUROS na Rua da Mesquita em Lisboa. Uma vez ali, fui recebida no Hall de entrada, depois de passar por um detector de metais(eu pergunto? quem são os LADRÕES nesta história) onde me foi pedido que fizesse uma carta a pedir as devidas explicações, o que eu fiz ali mesmo.

Quinze dias depois recebo a resposta em casa! Uma carta cheia de equações matemáticas, a justificar o porquê de chegarem aquele valor(239€). Não ficando satisfeita com aquela explicação, até porque não percebia nada daqueles hieróglifos, enviei várias cartas registadas a pedir explicações. Cartas essas que nunca obtiveram resposta da parte do TOTTA SEGUROS.

O tempo ia passando e resposta nada! Decidi então apresentar queixa no INSTITUTO PORTUGUÊS DE SEGUROS. Aí fiz uma carta explicando a situação e entregando fotocópias de todos os papeis, inclusive as condições gerais que tenho em meu poder e pelas quais me regi para comprar aquele produto.

Quase um mês depois, recebo resposta do IPS, que me dava total razão mas como mediador apenas podiam tentar resolver as coisas pela via do diálogo e me aconselhavam a dirigir-me a um advogado pois só pela via judicial seria possível de resolver.

Dirijo-me então à DECO, primeiro por email depois pessoalmente. Mais uma vez conto toda a minha história. Eles receberam a queixa, avaliaram e o departamento jurídico deu-me razão. A DECO fez várias tentativas de contacto mas o TOTTA SEGUROS nunca se dignou responder, até que a DECO me enviou uma carta a informar-me que tinha que encerrar o processo visto o TOTTA não responder ás cartas por eles enviadas (a uns sócios expõem os casos na comunicação social, a outros fica por isso mesmo) e eles (DECO) apenas funcionam como moderadores e não têm poderes jurídicos para resolver as situações. Mais uma vez me aconselham a ir para tribunal.

Acontece, meus amigos, que pelo valor em causa(1300€ que o TOTTA me ROUBOU) nenhum advogado quer pegar no assunto e como não tenho dinheiro(o TOTTA ficou-me lá com o resto) para fazer pagar esta injustiça não consigo pôr as coisas a funcionar.

Este é o País que temos meus amigos!Contra os grandes como é que nos defendemos? Já pensaram o quanto somos frágeis em relação aos bancos? Eles põem e dispõem do nosso dinheiro como muito bem entendem, tiramdinheiro das nossas contas, dizendo que são taxas daqui e dali sem nos darem cavaco.

Já pensaram nisso??

Hoje foi comigo!Amanhã pode ser com vocês!

Vamos alertar as pessoas, para evitar que sejam enganadas e não comprar estes produtos a estes LADRÕES que têm cada vez mais lucros á nossa conta..."


Trafulhices com Cartões de Débito/Crédito



(O subscritor do texto foi devidamente identificado pelos autores do Blog A Voz do Povo, de onde o mesmo foi retirado, juntamente com o vídeo. Os meus agradecimentos.)

fevereiro 06, 2008



CONTRARIEDADES

Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.

Dói-me a cabeça. Abafo uns desesperos mudos:
Tanta depravação nos usos, nos costumes!
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos.

Sentei-me à secretária. Ali defronte mora
Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes;
Sofre de faltas de ar, morreram-lhe os parentes
E engoma para fora.

Pobre esqueleto branco entre as nevadas roupas!
Tão lívida! O doutor deixou-a. Mortifica.
Lidando sempre! E deve conta à botica!
Mal ganha para sopas...

O obstáculo estimula, torna-nos perversos;
Agora sinto-me eu cheio de raivas frias,
Por causa dum jornal me rejeitar, há dias,
Um folhetim de versos.

Que mau humor! Rasguei uma epopeia morta
No fundo da gaveta. O que produz o estudo?
Mais uma redacção, das que elogiam tudo,
Me tem fechado a porta.

A crítica segundo o método de Taine
Ignoram-na. Juntei numa fogueira imensa
Muitíssimos papéis inéditos. A Imprensa
Vale um desdém solene.

Com raras excepções, merece-me o epigrama.
Deu meia-noite; e a paz pela calçada abaixo,
Um sol-e-dó. Chovisca. O populacho
Diverte-se na lama.

Eu nunca dediquei poemas às fortunas,
Mas sim, por deferência, a amigos ou a artistas.
Independente! Só por isso os jornalistas
Me negam as colunas.

Receiam que o assinante ingénuo os abandone,
Se forem publicar tais coisas, tais autores.
Arte? Não lhes convém, visto que os seus leitores
Deliram por Zaccone.

Um prosador qualquer desfruta fama honrosa,
Obtém dinheiro, arranja a sua "coterie";
E a mim, não há questão que mais me contrarie
Do que escrever em prosa.

A adulação repugna aos sentimento finos;
Eu raramente falo aos nossos literatos,
E apuro-me em lançar originais e exactos,
Os meus alexandrinos...

E a tísica? Fechada, e com o ferro aceso!
Ignora que a asfixia a combustão das brasas,
Não foge do estendal que lhe humedece as casas,
E fina-se ao desprezo!

Mantém-se a chá e pão!Antes entrar na cova.
Esvai-se; e todavia, à tarde, fracamente,
Oiço-a cantarolar uma canção plangente
Duma opereta nova!

Perfeitamente. Vou findar sem azedume.
Quem sabe se depois, eu rico e noutros climas,
Conseguirei reler essas antigas rimas,
Impressas em volume?

Nas letras eu conheço um campo de manobras;
Emprega-se a "réclame", a intriga, o anúncio, a "blague",
E esta poesia pede um editor que pague
Todas as minhas obras...

E estou melhor; passou-me a cólera. E a vizinha?
A pobre engomadeira ir-se-á deitar sem ceia?
Vejo-lhe a luz no quarto. Inda trabalha. É feia...
Que mundo! Coitadinha!

(Cesário Verde)

(Ilustração: Fabrice de Villeneuve)

fevereiro 01, 2008



FOI HÁ CEM ANOS

Que tenha esta república a humildade e a coragem de fazer um referendo por forma a se legitimar.

Evocação do Centenário do Regicídio