outubro 31, 2006












EM NOME DE DEUS












" Mas nós, nacional-socialistas, só conhecemos uma mortalidade, que é a mortalidade do próprio povo." (Adolf Hitler)















Los manuales de tortura del ejército de los Estados Unidos
Prisão de Abu Ghraib, Bagdad














Ortodoxos russos pedem "nova inquisição" contra Madonna

... Este post não vai ser dedicado a nenhuma abóbora.

outubro 30, 2006














MASSAPÃES











PORQUE HOJE É SEGUNDA
(Clica no título para ver a animação/com som)

outubro 27, 2006


























GLOSAS

mote

Já lá foi preso o ladrão
Que em toda a parte apar'cia;
Contam-se mais de um milhão
De roubos que ele fazia.














glosas

Meus senhores, vão ouvir
A história do quadrilheiro
Manuel Domingos Louzeiro,
Que foi a pena cumprir,
Enquanto alguém de Salir,
Num primor de descrição,
Lhe chama até "Lampião"¨;
Mas, salinenses honrados,
Podeis dormir descansados,
Já lá foi preso o ladrão.

P'las coisas que o povo diz,
O tal Domingos tem sido
P'ra uns, terrível bandido,
p'ra outros, grande infeliz.
Mas eu, sem querer ser juiz,
Vi que ele se despedia
Da mulher com quem vivia
Numa amizade sincera
E não vi nele a tal fera
Que em toda a parte apar'cia.

Desse rei dos criminosos,
Direi, aos que o conheceram:
Poucos crimes apareceram
E poucos são os queixosos;
Apenas alguns medrosos
Terrível fama lhe dão;
Para a justiça só são
Os seus crimes dois ou três,
Mas coisas que ele não fez
Contam-se mais de um milhão.

Por alguns sítios passava,
Onde há só gente honradinha,
Que roubava à vontadinha
E que ninguém acusava;
Tudo Domingos pagava,
E ele às vezes nem sabia
Que à sua sombra vivia
Gente que passa por justa,
Fazendo crimes à custa
Dos roubos que ele fazia.


















(António Aleixo, in Este Livro Que Vos Deixo)¨
(¨Lampião: Virgulino Ferreira da Silva, rei do cangaço, ver
aqui)

outubro 26, 2006














O AMOR É...


















NÃO ME PERGUNTEM PORQUÊ...

... mas acho sempre muita graça a estas coisas.

outubro 25, 2006


















POEMA AZUL

Eu hoje estou azul! Nas minhas mãos nervosas
Os dedos são azuis, longos e delicados.
O perfume é azul nas pétalas de rosas
Como o sumo é azul nos frutos sazonados.

Azul sem dimensão, do polo Norte ao Sul,
Cai nas águas do mar, nas distancias sem fim,
E eu toda me deslumbro olhando o intenso azul
- Que na curva do Céu, nunca houve um azul assim.
O mundo, em derredor, em doida convulsão,
Lateja o mesmo tom em tom mais destemido.
Até a própria noite ainda em formação
Tem um nítido gosto a azul inconcebido.
Do mais sombrio vale à serra mais erguida,
Alagando extensões e searas e pauis,
A estrebuchar de cor, é azulada a Vida,
Porque o Tempo, do azul, faz as horas azuis.
O azul impõe-se, alastra, exorbita-se, é rei:
Trasborda cada vaga, inunda cada palma...
De tudo ser azul (tão azul!) eu nem sei
Se o meu corpo é azul ou se é azul minha alma.

Bem no fundo de mim, num azul em demência
Que se alteia em cachões hora a hora mais loucos,
Esta saudade enorme e que é negra de ausência,
Dentro do coração vai azulando aos poucos.
Porque a cor é mais cor e subjuga de excesso,
Há pedaços de Céu desfolhados nos charcos
E nos cais pedra-azul, quando a hora é regresso,
Tem um quê de azulino a chegada dos barcos.
Azul pelos desvãos, em todas as alturas...
Não há sítio nenhum onde se não concentre.
De tudo ser azul, até as mães futuras
Sentem gestos azuis a germinar no ventre.
Vão-se tornando azuis as verdades e os sonhos
Sem pedir a ninguém licença nem conselho...
No corpo do pomar, a carne dos medronhos
Tem um sabor azul que se tornou vermelho.
Azul que se distende ao longo do jardim;
Que vive na raiz e em cor se realizou.

Um azul tão azul, que nunca terá fim,
Como, de tão azul, nunca principiou.
Azul do abismo fundo à cor dos Infinitos
Sem o deter ninguém, sem nada que o anule.
Azul os mundos e eu e os santos e os malditos,
Azul sempre maior, em turbilhões, aos gritos,
Azul o próprio Deus que fez o azul, azul.

(Maria Helena)
(Fotos da Gare do Orinte gentilmente cedidas pelo
Picasso)







GRIPE
(Clica para aumentar)












É bom estar na cama, não é? Quentinho, confortável, com esta chuva toda a cair.
Televisão ligada, e coiso e tal...





















... pequeno almoço servido...






























GROG

1 dose de Rum
chocolate em pó (o Cola Cao é óptimo)
café
1 colher de sopa de mel
leite a ferver
natas

Aconchegar bem os cobertores.

E as melhoras!

Dedicado ao
Montenegro, com os desejos de um pronto restabelecimento.

outubro 24, 2006




















A RAINHA MARGOT

O filme retrata a França em 1572, quando do casamento da católica Marguerite de Valois e o protestante Henri de Navarre, que procurava minimizar as disputas religiosas, mas acaba servindo de estopim para um violento massacre de protestantes conhecido como a "noite de São Bartolomeu" , que teve a conivência do rei da França Carlos IX, irmão de Margot.
O filme, que retrata esse trágico acontecimento, é baseado num romance de Alexandre Dumas.

(História.net)

"Um dos acontecimentos, por exemplo, que nos faz pensar na ação do inconsciente no curso da história é o da "Noite de São Bartolomeu" e de toda a conjuntura que lhe é contemporânea. E o que pôde suscitar essa reflexão foi a análise de um filme que, não obstante esteja nos limites do ficcional e do não-ficcional, possui um forte sentido histórico. Tomemos como exemplo, agora, o filme A rainha Rainha Margot, vislumbrando mesclas do contexto histórico e psicanalítico dos fatos evidentes nos primórdios da Idade Moderna, quando a Europa convivia com a ascensão da burguesia e com a consolidação do absolutismo. Baseado no livro de ficção La Reine Margot, de Alexandre Dumas, publicado em 1845, o filme traz uma versão realista da história, revelando a psicologia das personagens, seus atos e gozos sexuais desregrados.

Durante o século XVI, precisamente no ano de 1572, católicos e protestantes se enfrentavam em uma guerra civil intermitente. Nesse contexto, a rainha Catharina de Médici e Jeanne D’Albert, com o objetivo de consolidar a paz e estabelecer uma aliança entre os Valois (protestantes) e os Bourbons (católicos), firmam o casamento de Margerithe de Valois e Henrique de Bourbon (Rei de Navarra).

Em seu contexto político-religioso, encontramos dois partidos de interesses opostos: os "huguenotes" (liderados por protestantes e chefiados pelo Almirante Colgny, o melhor amigo do rei) e o "Papista ou Santa-Liga" (formado por católicos e chefiado pelos Guise). No período que sucede o casamento, que a princípio traria a paz para a França, ocorre o episódio que mata mais de trinta mil protestantes na madrugada da comemoração católica pelo Dia de São Bartolomeu, quando, para evitar um golpe huguenote, a rainha Catharina ordenou o assassinato de Colgny e seus seguidores, num massacre conhecido como "A Noite de São Bartolomeu", evidenciando a rivalidade política dos partidos que usavam a religião como "pano de fundo" para encobrir outros interesses.

Numa visão psicanalítica, a Família Real sofria a ausência da Lei de Interdição (ou seja da Lei do Pai). A figura materna, ora representada por Catharina, vivenciava uma relação incestuosa, uma vez que não havia a presença do Pai (aquele que controlaria as pulsões sexuais), representando uma "mãe-fálica", aquela que exerce uma postura forte no exercício do poder, acarretando a ausência do "feminino". Entretanto, ela alimentava uma forte ligação com seu filho, Anjour, que faz extrapolar o limite do Édipo imaginário, exercendo o amor incestuoso e real. Há também comportamentos sexuais perversos dos sujeitos masculinos; tratando-se de uma outra estrutura (a "perversão"), na qual o desejo é tomado de modo diferente na sua dialética com o falo, ou seja, o desejo é colocado como imperativo de gozo ( um "imperativo superegóico").

O amor , no contexto real da corte, era algo que não se podia demonstrar, um meio fácil de poder atingir o outro através do sujeito apaixonado. Toda liberdade que se tinha disponível para o sexo entrava em contradição com a forma de amar, pois o amor só poderia existir no âmbito familiar. O personagem La Molle, por exemplo, sempre insinuou a beleza e a liberdade do amor em Navarra, visto que, naquele reino de poder, era perigosa a relação amorosa entre ele e Margot, sendo este sentimento comparado à morte (a forma encontrada para destruir alguém). Outro momento importante no filme que representa o que afirmamos acima é o que trata do amor de Henrique de Bourbon por Charllote, que no decorrer da história só não lhe trouxe a morte devido à interferência de Margot que o salva do beijo envenenado e afirma: "aqui não se pode demonstrar a quem se ama; esta é a forma que eles acham para te destruir, com quem se dorme". Seria o amor sinônimo da morte?

Margot encontra-se perdida entre o seu casamento imposto e as questões graves refletidas no "feminino". Seu comportamento sexual predominante é o de se oferecer como objeto, a exemplo do ocorrido em sua noite de núpcias — ela doa-se ao seu amante e diante da frustração obtida pelo "não", sai às ruas numa "busca de homens", assumindo um comportamento sexual, em geral, masculino: o da procura, da caça ao prazer. Ela aparece entre o "masculino" e o "feminino", conseqüência de pertencer a uma família de homens com estruturas perversas (homossexuais). Parece que é interdita redimida ao amor, até que se apaixona por La Mole (protestante), ao qual se entrega, a princípio apenas como objeto de prazer. Entretanto, o verdadeiro amor transforma-a em "sujeito", em alguém apaixonada e capaz de enxergar os limites e as contradições de sua família, confrontando-se, então, com sua mãe e evidenciando o ódio entre ambas. O amor a retira da posição de objeto desvalorizado no qual o gozo assume a dimensão permanentemente masoquista e a torna sujeito, pois a metáfora do amor exige também a posição de sujeito desejante. Dessa forma, Margot tem vislumbres de algo do real que outrora não identificava em sua relação com os irmãos.

Apenas distante da família, Margot poderia amar. A morte de La Mole traz a dimensão do seu amor ao nada, assumindo, ao final, a forma de fetiche: a cabeça do amado é preservada, conservada, fetichizada como objeto significante do desejo. E então, ela parte para Navarra, onde lhe seria permitido amar. A incriminação de La Molle por Catharina traz o preço a ser pago por ela ter violado a "lei do amor", pois se tornara sujeito imperativo, acentuando, como já foi dito, a rivalidade e o ódio entre ambas. Tal ódio é demonstrado claramente pelos atos de Catharina que desejava, a todo custo, destruir a feminilidade de sua filha.

O Rei Carlos IX apresenta, como todos os irmãos, uma carência paterna intensificada, percebida em sua relação com Colgny e, posteriormente, com o seu cunhado Henrique de Bourbon (apresentando traços de homossexualidade). Encontrava-se diante do poder supremo, e o seu amor por Marie era algo velado, sendo apenas revelada a existência de sua amante e filho bastardo a Henrique de Navarra no instante em que se estabelece uma grande amizade entre ambos."

(Arthur Prado Netto, in O Caso "A Rainha Margot": Psicanálise e História)
(Imagens: Comunidad, Umbrellaent,DVD.net, Vincent Perez)

Excelente momento televisivo com que a RTP 1 nos brindou no passado fim de semana. Pena ser tão tarde e tão poucas vezes. Quando deixarão de transmitir porcarias e passam a investir em filmes e documentários de qualidade? É que tanta novela estúpida e tanto teatro político e futeboleiro já cansam!

O filme? Esse espero vê-lo outra vez.

outubro 23, 2006










VIDA DE MINHOCA
(Clica no título para ver a animação. Com som)








FILOSOFIA GARFIELD

outubro 20, 2006













SECRETÁRIO DE ESTADO EM "DIA NÃO"


"Todos nós temos um dia não"

Electricidade: Governo responsabiliza consumidor pelo aumento

O secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação declarou que «a culpa» do aumento de 15,7% da electricidade para os consumidores domésticos em 2007 é do consumidor, porque esteve vários anos a pagar menos do que devia.
Em declarações à rádio TSF, António Castro Guerra considera que em última análise a culpa deste aumento - que reconheceu ser grande - é dos consumidores.

Até este ano a lei impedia uma actualização de preços acima da inflação e isso criou um défice tarifário que, na opinião de Castro Guerra, «só pode ser imputado aos consumidores».

«São os consumidores que devem este dinheiro. Não é mais ninguém», disse o secretário de Estado à TSF, considerando que este
«foi quem mais consumiu tarifas no passado e isso gerou défice».

«Este défice tem de ser pago por quem o gerou», disse Castro Guerra à TSF.

De acordo com o secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, este défice vai ser recuperado num prazo de três a cinco anos.

Apesar de considerar que o aumento é elevado, Castro Guerra disse que
«os custos são os custos e nós não podemos fugir aos custos».

Questionado sobre o facto de o aumento para as empresas ser menor, o responsável refere que «isso tem um fundamento».

«As empresas estão a competir no mercado e nós não podemos por razões de energia reduzir a competitividade das empresas e mesmo assim já é um aumento substancial», explicou.

António Castro Guerra lembrou que os aumentos são da exclusiva competência da Entidade Reguladora do Sector Energético (ERSE) mas admitiu que «no futuro o Governo pode criar mecanismos que evitem aumentos tão elevados».

Por outro lado, o ministro da Economia, Manuel Pinho, disse ao Diário de Notícias que «o Governo está a analisar a situação».

(Fonte:
Diário Digital/Lusa)

Pronto, filha, não se enerve. Todas nós sabemos o que são dias "difíceis". Mas olhe, no seu caso concreto, eu aconselhava isto















que é para ver se "acalma".


outubro 19, 2006
















O MAIS PEQUENO CONTO DE FADAS DO MUNDO

Era uma vez um rapaz que perguntou a uma linda moça:
- Queres casar comigo?

Ela respondeu:
- Não!

E o rapaz viveu feliz para sempre, foi pescar, jogou futebol, conheceu muitas outras miúdas, visitou muitos lugares, estava sempre a sorrir e de bom humor, nunca lhe faltava dinheiro, bebia cerveja com os amigos sempre que estava com vontade e ninguém mandava nele.

A moça teve celulite, varizes, as mamas caíram e ficou sozinha.


FIM

(Recebido via e-mail)

Só me lembro de ter chorado tanto há anos, quando vi o "Amor de Perdição".





















MARACANGALHA

Eu vou pra Maracangalha, eu vou
Eu vou de ‘liforme branco, eu vou
Eu vou de chapéu de palha, eu vou
Eu vou convidar Anália, eu vou

Se Anália não quiser ir
Eu vou só, eu vou só
Se Anália não quiser ir, eu vou só
Eu vou só, eu vou só sem Anália, mas eu vou...

Eu vou pra Maracangalha
Eu vou pra Maracangalha
Eu vou pra Maracangalha
Eu vou...

(Dorival Caymmi)

outubro 18, 2006











E NÓS POR CÁ...

... VAMONOS AL REFERENDO?

Quase metade dos espanhóis quer a união entre Portugal e Espanha

Quase metade dos espanhóis, 45,7%, quer a união entre Portugal e Espanha, com a maioria a defender que o novo país deve chamar-se Espanha, ter Madrid como capital e manter o regime monárquico, de acordo com uma sondagem.

...

A sondagem surge semanas depois de o semanário português "Sol" ter revelado uma sondagem que indicava que 28% dos portugueses favorecem a união com Espanha.


Não esqueçam os comentários!;)

outubro 17, 2006













INFORMA-SE O PÚBLICO

outubro 16, 2006














TERROR NEWS
(Clica no título para ver a animação)

outubro 13, 2006
















MINZInha E MEFISTÓFELES























PARASKAVEDEKATRIAPHOBIA

Sexta-feira, 13 de Outubro. Ano da graça de 1307 .


Filipe IV de França, o Belo, decreta o fim da Ordem dos Templários.
Louco e ávido do poder, não hesitou em lançar mão a tudo o que lhe fedesse a ouro, a fim de patrocinar os seus delírios bélicos.
Ao contrário do que se supõe, não foi de ordem religiosa o motivo que levou este senhor a torturar e lançar à fogueira uma legião de cavaleiros que mais não fez em toda a sua história do que servir um clero e uma nobreza podre e decrépita, longínqua dos seus reais propósitos e valores. A Ordem dos Templários foi condenada por... heresia!

Aprisionou o então Papa Bonifácio VIII, por este várias vezes excomungado, procurando colocar o papado sob a dependência de França. Sobe ao poder o Papa Clemente V, após longo conclave. Subserviente e traiçoeiro, atacou de surpresa a Ordem, no dia 13 de Outubro de 1307, obrigando os cavaleiros a confessarem actos herécticos.

Soube, (por linhas travessas), que tal soberano, para uns "moderno" é uma das vergonhas da história francesa.

Curiosamente, Cristo também foi morto a uma sexta-feira treze, vendido pelos judeus por trinta dinheiros.

Ao que se consta, pela praça.